Setembro Amarelo: mês de valorização da vida
Confira nosso material com perguntas e respostas
Publicado em 20/09/2022 08:53 - Atualizado em 20/09/2022 09:48
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Quando o assunto é suicídio, os dados são alarmantes. De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas tiraram suas vidas em 2019. Isso significa que há um caso de suicídio a cada 100 mortes e que mais indivíduos morrem anualmente desse modo do que por HIV, malária, câncer de mama, guerras e homicídios. E, infelizmente, o Brasil não fica de fora dessas estatísticas, com 14 mil casos por ano, sendo 38 por dia ou um a cada 45 minutos.
Conforme estudos na área, a grande parte desses suicídios, cerca de 96,8%, estavam relacionados a transtornos mentais não identificados ou sem tratamento adequado. Por isso, é extremamente necessário não tratar o tema como tabu, bobeira ou sob as lentes da religião, mas sob a ótica da saúde pública.
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Nesse sentido, desde 2014, é promovida em todo o País a campanha Setembro Amarelo, que tem o objetivo não só de alertar sobre gatilhos e fatores de risco, mas de orientar os indivíduos a substituírem seus julgamentos e preconceitos pela empatia e escuta ativa. Isso porque, como a própria campanha deste ano afirma, “a vida é a melhor escolha”.
E é pensando na vida que o IPS elaborou o material com perguntas e respostas a seguir. Ele foi produzido por meio de uma parceria da médica perita Raquel Pires de Mesquita com o Departamento de Previdência (Deprev). Leia e compartilhe com o máximo de pessoas que conseguir.
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Quais são os principais fatores de risco para o suicídio?
Tentativa prévia e doenças mentais.
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Quais costumam ser essas doenças?
Depressão; esquizofrenia; transtorno bipolar; transtorno relacionado ao uso de álcool e drogas e transtorno de personalidade.
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Quais são os aspectos psicológicos envolvidos?
Perdas recentes; personalidade impulsiva e agressiva; humor instável; desesperança e abusos na infância.
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O suicídio é uma decisão individual?
Mito. O suicida costuma sofrer de alguma doença mental, a qual altera sua percepção da realidade.
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As pessoas que ameaçam se matar dão a impressão de que nunca farão isso. É só para chamar a atenção?
Mito. A maioria dos suicidas dão sinais claros, antes de cometer o ato.
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Se o indivíduo sobrevive a uma tentativa de suicídio, está fora de perigo?
Mito. Um dos períodos mais perigosos é o de melhora, ou seja, de pós-tentativa. O paciente continua em alto risco.
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Falar sobre suicídio aumenta o risco de outras pessoas o cometerem?
Mito. Conversar com alguém sobre o assunto pode aliviar a angústia que os pensamentos negativos trazem.
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O pensamento suicida dura a vida inteira?
Mito. Há tratamentos específicos que podem eliminar esse tipo de pensamento.
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De que forma o indivíduo pode se proteger de pensamentos suicidas?
Por meio de um bom suporte familiar, trabalhando sua autoestima, desenvolvendo uma religiosidade e, claro, nunca se esquecendo de buscar serviços e cuidados na área de saúde mental.
Jornalista responsável: Daniel Vargas
por Comunicação