IPS orienta sobre Transtorno de Ansiedade Generalizada (Tag)
Confira as perguntas e respostas sobre o tema
Publicado em 28/02/2023 15:15 - Atualizado em 01/03/2023 08:59
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A ansiedade é uma reação do corpo humano que busca proteger o indivíduo, criando um estado de alerta para que tome ações rápidas e salve sua vida. Nesse sentido, essa que é tida por muitos como o mal do século também tem seu lado bom, quando bem administrada. Isso porque, ao mesmo tempo que surge em situações de vulnerabilidade no trabalho, relações sociais ou compromissos, ajuda a impulsionar medidas em prol de objetivos de forma otimizada. Daí, é normal que o coração fique acelerado, a respiração em um ritmo mais intenso, vir aquela sensação de alerta constante...
Contudo, de acordo com o ambiente e a capacidade emocional em lidar com as situações, esses sintomas podem se agravar. Com preocupações e expectativas excessivas, muitas vezes, sem motivos reais, o indivíduo se vê paralisado pelo medo, tensão extrema e sensação de impotência. Nesse momento, o que era proteção torna-se Transtorno de Ansiedade Generalizada (Tag).
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E é para alertar e orientar os segurados para uma melhor qualidade de vida que o IPS preparou um material com perguntas e respostas sobre o tema. Ele é fruto de uma parceria entre a médica perita Raquel Pires de Mesquita e o Departamento de Previdência (Deprev). Leia e compartilhe com o máximo de pessoas que puder.
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É grande o número de indivíduos com esse transtorno?
Sim, o Tag está entre os dez motivos mais comuns de consultas médicas e atinge cerca de 264 milhões de pessoas no mundo. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil, já em 2015, possuía 11,5 milhões de indivíduos com sintomas de ansiedade e 18,6 milhões com transtorno. Números alarmantes que colocam o Brasil como líder do ranking de países mais ansiosos, isso sem considerar os impactos recentes da pandemia de coronavírus na saúde mental da população.
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Quais são os principais sintomas do Tag?
Dificuldade em parar de se preocupar; foco da atenção sempre no problema, que é irreal ou muito menor do que o visualizado; reações exageradas e à flor da pele; cansaço físico e mental extremos e problemas relacionados ao sono. Esses sintomas podem vir acompanhados de reações físicas como: tensão muscular; dor de cabeça; sudorese; taquicardia; dor torácica; problemas de concentração e memória; inquietação e sustos frequentes.
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Estou tendo esses sintomas. Será que estou com a doença?
Qualquer um pode passar por períodos em que apresente esses sintomas, mas, para ser considerada ansiedade generalizada, eles devem persistir por, no mínimo, quatro ou seis meses.
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Como é feito o diagnóstico?
Ele é clínico e realizado pelo psiquiatra. Esse profissional observará pontos pertinentes conforme o histórico do paciente e, em caso afirmativo para a doença, conduzirá o melhor tratamento de acordo com o grau do transtorno.
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De que forma é realizado o tratamento?
Com a combinação de medicamentos e psicoterapia. A medicação ajudará o paciente a sair do estado de inércia e, pouco a pouco, retornar às atividades normais. Já a psicoterapia, na maioria dos casos a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), auxiliará o indivíduo a se observar melhor e a mudar tanto pensamentos quanto atitudes, fazendo com que seus gatilhos de ansiedade sejam substituídos e que tenha, assim, controle sobre eles.
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Há outras atitudes que podem colaborar no controle da ansiedade?
Sim. Atividades físicas; exercícios de mindfulness (atenção plena); fazer lista dos afazeres diários; procurar realizar uma tarefa de cada vez; investir na higiene do sono (como, por exemplo, reduzir o consumo de alimentos pesados à noite); e, claro, procurar ajuda sempre que achar que não dará conta de algo ou de si mesmo.
Jornalista responsável: Daniel Vargas
por Comunicação