IPS alerta segurados quanto à meningite meningocócica
Confira as perguntas e respostas sobre o tema
Publicado em 10/04/2023 14:12 - Atualizado em 10/04/2023 14:29
Você já ouviu falar sobre a meningite meningocócica? Se não, é bom ficar atento. Seja viral ou bacteriana, a meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. A meningite meningocócica, como toda meningite bacteriana, é menos comum do que a viral, porém, trata-se de uma doença extremamente perigosa.
Causada pela bactéria Neisseria meningitidis ou pelos chamados meningococos, essa enfermidade mata de 20 a 30% das pessoas que adoecem, conforme dados de 2023 da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
Ainda de acordo com essa entidade científica, de 10% a 20% dos sobreviventes ficam com sequelas, tais como surdez, comprometimentos neurológicos e amputação de membros.
Embora essas informações causem bastante preocupação, a boa notícia é que esse tipo de meningite tem cura, se diagnosticada e tratada o mais rápido possível.
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Por essa razão, o IPS preparou um material com perguntas e respostas sobre o tema. Ele é fruto de uma parceria entre a médica perita Raquel Pires de Mesquita e o Departamento de Previdência (Deprev). Leia e compartilhe com seus conhecidos.
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O que causa a doença?
Geralmente, a bactéria Neisseria meningitidis infecta primeiro outras partes do corpo, como a pele, intestino ou pulmões e, em seguida, chega até o cérebro, onde se desenvolve e causa uma grande inflamação nas meninges. A bactéria pode entrar também diretamente no cérebro, após traumas graves na cabeça, como, por exemplo, em um acidente de trânsito ou durante uma cirurgia nesse órgão.
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Quais são os principais sintomas?
Febre alta acima de 38º; forte dor de cabeça; náuseas e vômitos; rigidez na nuca, com dificuldade para dobrar o pescoço; sonolência e cansaço excessivo; dor nas articulações; intolerância à luz e ruídos e manchas roxas na pele. Em bebês, podem ocorrer ainda outros sintomas, como: moleira tensa; agitação; choro intenso; rigidez do corpo e convulsões.
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Como é confirmado o diagnóstico?
Primeiramente, é muito importante que, ao ler sobre esses sintomas e desconfiar de uma possível infecção das meninges, vá imediatamente a um pronto socorro. O diagnóstico será realizado por um clínico geral, neurologista ou infectologista, que irá avaliar os sinais e sintomas, principalmente, a rigidez no pescoço. O médico poderá solicitar exames de urina, sangue e cultura de líquor, sendo o último necessário para identificar a existência de bactéria na medula espinhal.
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Como é feito o tratamento?
Por meio de internação hospitalar e antibióticos injetáveis. Durante o tratamento, os visitantes devem utilizar máscaras de proteção, já que a transmissão ocorre através das secreções respiratórias, não sendo preciso, contudo, ficar em isolamento.
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E há alguma forma de prevenção?
Felizmente, sim. Além das vacinas incluídas no calendário de vacinação da criança, como a meningocócica C conjugada, a meningocócica conjugada quadrivalente (ACWY) e a meningocócica B, é recomendável: evitar locais fechados e com muitas pessoas; manter os cômodos da casa bem ventilados e ter uma boa higiene corporal.
Jornalista responsável: Daniel Vargas
Foto: Adobe Stock
por Comunicação